sexta-feira, 20 de abril de 2012

HOMENAGEM A LUTA DOS POVOS INDÍGENAS


O índio chorou


(inspirado nas lágrimas do Cacique Raoni quando chorou ao saber da liberação da Presidente Dilma para a construção da barragem de Belo Monte).

Os rios que choram
Derramam lágrimas dos olhos das matas
Que vertem canto tristonho das fadas
Irritação de venenos de humanos desumanos
Mas o progresso com seus afazeres insanos
Não dão margem para o livre soluçar
Dos rios que choram.

Os rios que choram
Antecipando aprisionamento das águas
Inundando criminosamente belos miomas
Reagem cachoeiras de lágrimas tristonhas
Na face de um índio não encontra represa
E a cada face que por tal crime deságuam lágrimas
Muito mais rolarão águas das faces dos algozes
Pois quem da natura saqueia direitos ferozes
Terão cobrados triplos sofreres pela eternidade
As forças naturais reagirão e cobrarão
E os arrependimentos serão tardios
Pelos rios que choram

© Jaorish
www.jaorish.cjb.net


Um Índio falou na mata


Eu fui na mata
Eu corri na mata
Bom ir na mata
Sem ter na mão a arma que mata
E ser acolhido pelo canto de fada
E aparecer um índio cantando
Um canto de prece acolhedor
Para o nosso Belo Santo Senhor.

E assim ao chegar na mata
Ao sentir meu amor pela Natureza
Ao me ver meditando na clareira
Da mata acolhedora entre as árvores
Um índio me falou em cânticos de elevada prece.
Foi canto triste que os pássaros calaram
Foi um canto melancólico que aos puros enternece
Ele falou sobre a tristeza da alma da mata
Ele contou sobre as lágrimas do Criador
Pela falta desumana e todo o desamor,
E me pediu para divulgar pelo mundo seus lamentosos clamores:
“Coloquem a Criação acima de todos os teus ilusórios amores!
Amem os irmãos pássaros e não depredem as matas!
Amem os irmãos animais e não destruam seus lares!
Amem as flores e frutos e não se alimentem dos irmãos animais!
Amem a Vida nos irmãos como amam suas próprias vidas!
E com a força de todos as boas ações e sensações sentidas
Preservem a Vida da Natureza com a força de auto preservação.
Dêem espaços para as flores e árvores nas suas florestas de concreto.
Qualquer espaço é lugar de um sorriso de flor, em cada canto da casa,
No peitoral da janela, no telhado da casa, e em qualquer calçada.”

E enquanto o índio assim falou
Lágrimas denunciaram que chorou
Mas ele não se envergonhou
De defender a Mãe Terra que agoniza
E no clarear da Luz que a todos diviniza
O Índio se foi enquanto as árvores cantavam
“Vai, leva nosso clamor em cânticos poéticos
E tenta implantar nos corações humanos
O Amor Incondicional que salvará esta Terra”.
E acordei deste sonho revelador iluminado
E hoje o Índio ainda brinca à minha janela
Sempre visto em minha Divinal Estrela.

© Jaorish
www.jaorish.cjb.net

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