O índio chorou
(inspirado nas lágrimas do Cacique Raoni quando chorou ao saber da
liberação da Presidente Dilma para a construção da barragem de Belo Monte).
Os rios
que choram
Derramam
lágrimas dos olhos das matas
Que
vertem canto tristonho das fadas
Irritação
de venenos de humanos desumanos
Mas o
progresso com seus afazeres insanos
Não dão
margem para o livre soluçar
Dos rios
que choram.
Os rios
que choram
Antecipando
aprisionamento das águas
Inundando
criminosamente belos miomas
Reagem
cachoeiras de lágrimas tristonhas
Na face
de um índio não encontra represa
E a cada
face que por tal crime deságuam lágrimas
Muito
mais rolarão águas das faces dos algozes
Pois quem
da natura saqueia direitos ferozes
Terão
cobrados triplos sofreres pela eternidade
As forças
naturais reagirão e cobrarão
E os
arrependimentos serão tardios
Pelos
rios que choram
©
Jaorish
www.jaorish.cjb.net
Um Índio falou na mata
Eu fui na
mata
Eu corri
na mata
Bom ir na
mata
Sem ter
na mão a arma que mata
E ser acolhido
pelo canto de fada
E
aparecer um índio cantando
Um canto
de prece acolhedor
Para o
nosso Belo Santo Senhor.
E assim
ao chegar na mata
Ao sentir
meu amor pela Natureza
Ao me ver
meditando na clareira
Da mata
acolhedora entre as árvores
Um índio
me falou em cânticos de elevada prece.
Foi canto
triste que os pássaros calaram
Foi um
canto melancólico que aos puros enternece
Ele falou
sobre a tristeza da alma da mata
Ele
contou sobre as lágrimas do Criador
Pela
falta desumana e todo o desamor,
E me pediu
para divulgar pelo mundo seus lamentosos clamores:
“Coloquem
a Criação acima de todos os teus ilusórios amores!
Amem os
irmãos pássaros e não depredem as matas!
Amem os
irmãos animais e não destruam seus lares!
Amem as
flores e frutos e não se alimentem dos irmãos animais!
Amem a
Vida nos irmãos como amam suas próprias vidas!
E com a
força de todos as boas ações e sensações sentidas
Preservem
a Vida da Natureza com a força de auto preservação.
Dêem
espaços para as flores e árvores nas suas florestas de concreto.
Qualquer
espaço é lugar de um sorriso de flor, em cada canto da casa,
No
peitoral da janela, no telhado da casa, e em qualquer calçada.”
E
enquanto o índio assim falou
Lágrimas
denunciaram que chorou
Mas ele
não se envergonhou
De
defender a Mãe Terra que agoniza
E no
clarear da Luz que a todos diviniza
O Índio
se foi enquanto as árvores cantavam
“Vai,
leva nosso clamor em cânticos poéticos
E tenta
implantar nos corações humanos
O Amor
Incondicional que salvará esta Terra”.
E acordei
deste sonho revelador iluminado
E hoje o
Índio ainda brinca à minha janela
Sempre
visto em minha Divinal Estrela.
©
Jaorish
www.jaorish.cjb.net
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Dê sua opinião. Participe!