A AME-Articulação Municipal de Entidades com as entidades parceiras e outras instituições, realizaram o I SEMINÁRIO DE DISCUSSÃO SOBRE A RECONSTRUÇÃO DE PALMARES, realizado no dia 06 de julho de 2011.
Houve a participação de 40 entidades, instituições da sociedade civil, poderes estadual e municipal, bem como, representantes da imprensa. Este momento foi importante por ser um espaço de aglutinação das entidades da cidade e área rural, visto tratar-se de um tema que abrange toda a sociedade.
As discussões giraram em torno do impacto social, econômico, cultural e psicológico causado pelas enchentes e principalmente pelo processo de construção da Barragem de Contenção, por parte do governo do Estado.
Foram levantados vários questionamentos sobre a falta de informação dos projetos implantados pelo governo neste período pós-enchentes. Anteriormente o poder público não fez nenhuma intervenção nesta região o que até então, somente o poder privado nos seus empreendimentos de plantação da monocultura da cana e produção de açúcar o fez. Ao longo dos anos tal intervenção vem causando desastrosas consequências para o meio ambiente, a exemplo, da sedimentação do solo, da destruição da mata atlântica, do uso excessivo de agrotóxicos, da destruição das matas ciliares e assoreamento dos rios, dentre outras.
Outros fatores de discussão foram: a falta de infraestrutura para os novos bairros que estão sendo criados, a deslocação de algumas atividades econômicas e comerciais para o outro lado da BR 101, bem como, as irregularidades no destino do lixo.
Alguns pontos destacados como propostas de ações para os participantes foram:
1. Acompanhar o processo da barragem, o estudo de impacto ambiental e as negociações do Estado com as famílias atingidas. Elas têm terra e precisam de terra. Garantir reforma agrária para não incharem as cidades.
2. A margem da barragem será cobiçada por diferentes interesses, porém é de direito das famílias atingidas.
3. Reivindicar saneamento para as cidades ao longo do rio.
4. É preciso denunciar as irregularidades do aterro sanitário.
5. Convocar uma audiência pública de caráter informativo.
6. Cultivar o espírito militante, amor pela cidade, responsabilidade coletiva e saber encontrar caminhos.
Desse modo, ficou para nas próximas reuniões da AME, avaliar o seminário e priorizar as ações supracitadas, desdobramentos desta atividade.
06/07/2011
Irmãs: Lindalva Alves Cruz, Marisa Ribeiro do Amaral e Sandra Aparecida Leoni.